sábado, 19 de março de 2011

O Filho Eterno - Cristóvão Tezza


Cristóvão Tezza conta a história de uma relação pai e filho que poderia ser ordinária, como a vida do protagonista, mas não é. A criança, esperada como um grande passo da vida de um homem fracassado na vida profissional, surpreende os pais em seu nascimento e chega na família com síndrome de Down. Imediatamente, o pai cria repulsa, pensa que “crianças com esse defeito” não duram muito, conjectura a morte morte de seu filho e até sua reação conformada (e aliviada) no dia do enterro do primogênito.
Tal pai, um sujeito com problemas com o trato social e com uma visão peculiar e pragmática do mundo, rejeita  naturalmente o filho, o inevitável filho, reagindo catastroficamente aos acontecimentos. Chega a ser dolorida a sensação experimentada durante a leitura dos primeiros capítulos.
No decorrer dos anos, no entanto, ele vai se adaptando ao filho, como faz com tudo em sua vida conformista, até que, em um dado momento, percebe que não consegue viver mais sem aquela criança e descobre, finalmente, seu amor por aquele filho eterno, definitivo, irrenunciável, experimentando, assim, o sabor de apaixonar-se.  

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